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Informações essenciais sobre terraceamento

13/10/2011 00:39

Tratamos na reunião de hoje sobre qual seria o tipo ideal de terraceamento, tendo em vista os tipos de solos e vegetação que temos. Este artigo do aluno Jorge Pavam Neto, da UNIFEV (Centro Universitário de Votuporanga) nos orientou a respeito de muitas coisas, inclusive sobre o terraceamento:

"Outra prática bastante eficaz no controle da erosão é o terraceamento. Dá-se o nome de terraço, em conservação do solo, a uma prática mecânica de controle à erosão. O terraço é formado por um canal (valeta) e um camalhão (monte de terra) feitos em nível, com o objetivo principal de controlar a erosão. (GALETI, 1984, p.109). Esses terraços são construídos no sentido transversal à inclinação do terreno, o que permite controlar as enxurradas, forçando-as a se infiltrarem no terreno. A distância entre um terraço e outro varia bastante. Para solos mais argilosos, a distância é maior, para solos mais arenosos, a distancia é menor. Isso porque os solos argilosos são mais resistentes à erosão. A distância varia também devido à declividade do terreno, quanto mais inclinado, mais perto uns dos outros devem ser construídos.

Deve-se tomar muito cuidado na construção dos terraços, pois um sistema de terraços mal planejado pode causar mais estragos que benefícios, pois se um camalhão se romper, o mesmo acontecerá com todos os outros abaixo, pois não suportarão o volume da água, causando assim muitos sulcos e erosão."

https://www.unifev.edu.br/graduacao/erosao_e_conservacao_do_solo_na_regiao_de_jales-27-artigo.html

 

Sistema de drenagem de Machu Picchu

12/10/2011 01:48

A técnica de terraceamento, usada geralmente para aproveitar áreas de plantação e cultivo, por si só já retém a água e sedimentos. Para ampliar os resultados de drenagem, pode-se fazer uma espécie de uma "rede de filtro" subterrânea, bastante parecido com o sistema da antiga cidade inca de Machu Picchu, localizada no Peru.

 

"São 129 canais de drenagem se estendem por toda a área urbana, feitos para evitar a erosão, desembocando em sua maior parte no fosso que separa a área urbana da agrícola, que era na verdade o desague principal da cidade. Seus degraus de terraceamento são estruturas formadas por um muro de pedra e preenchidas com diferentes capas de material (pedras grandes, pedras menores, cascalho, argila e terra de cultivo) que facilitam a drenagem, evitando que a água se empoce (leva-se em conta a grande pluviosidade da região) e sua estrutura desmorone. Calcula-se que 60% do esforço construtivo de Machu Picchu estava em fazer as cimentações sobre terras que já sofreram terraplanagem com cascalho para um bom dreno das águas em excesso. Além disso, existem diversos escoadouros na superfície. Os muros de contensão dos degraus são feitos de pedra unida com argamassa de barro e outras substâncias."

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Machu_Picchu

 

Abaixo da página inicial, pode-se ver um vídeo demonstrativo de como é esse sistema.

 

Aproveitamento da água da chuva

12/10/2011 01:20

Pensamos bastante sobre o reaproveito das águas pluviométricas para o projeto. Uma das possibilidades é que, em cada casa, houvesse uma calha no telhado, levando essa água para um filtro. Os resíduos seriam destinados ao esgoto, por exemplo, enquanto a água filtrada fosse para um depósito. Agora, vamos aos dados estatísticos: 

O indíce pluviométrico anual de Salvador, por exemplo, é de 2021mm. Para se ter uma ideia, supomos uma casa com um habitante e que esta água seja aproveitada para  descarga do vaso sanitário, que usa um volume de água de aproximadamente 1200 litros/mês/pessoa.

Considerando um período de estiagem de 15 dias, pegamos o valor acima (que será a quantidade gastada por mês) e dividimos por 2 (equivalente a 15 dias), tendo o volume ideal de uma cisterna. Assim, é preciso checar se o volume de captação é suficiente para este uso.

A capacidade de captação mensal deverá ser o dobro do volume achado para a cisterna: 1200 litros = 1,3m³. Então o dimensionamento da cisterna deverá ser de aproximadamente 0,65m³. Então: indice pluviométrico de Salvador: 2021mm/ano, área do telhado hipotética: 200m², captação anual de chuva na cidade: 216 m³ ou 18 m³/mensal, que é mais que o dobro da cisterna.

Se a capacidade de captação mensal não for o dobro do volume da cisterna, o sistema perderá eficiência.

https://www.acquasave.com.br/acqua/

 

Cobertura vegetal

11/10/2011 00:29

Informações adicionais e muito importantes para a pesquisa, pois é uma das questões primordiais para o sucesso do projeto:

"A cobertura vegetal é a defesa natural de um terreno contra a erosão. O efeito da vegetação pode ser assim enumerado: (a) proteção direta contra o impacto das gotas de chuva; (b) dispersão da água, interceptando-a e evaporando-a antes que atinja o solo; (c) decomposição das raízes das plantas que, formando canalículos no solo, aumentam a infiltração da água; (d) melhoramento da estrutura do solo pela adição de matéria orgânica, aumentando assim sua capacidade de retenção da água; (e) diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada pelo aumento do atrito na superfície. Quando cai em um terreno coberto com densa vegetação, a gota de chuva se divide em inúmeras gotículas, diminuindo também, sua força de impacto. Em terreno descoberto, ela faz desprender e salpicar as partículas de solo, que são facilmente transportadas pela água. A vegetação, ao decompor-se, aumenta o conteúdo de matéria orgânica e de húmus do solo, melhorando-lhe a porosidade e a capacidade de retenção de água."

https://producerevestimentovegetal.com/cobertura_vegetal_2.html

 

O que é Terraceamento?

10/10/2011 23:06

Terraços são estruturas hidráulicas conservacionistas, compostas por um camalhão e um canal, construídas transversalmente ao plano de declive do terreno. Essas estruturas constituem barreiras ao livre fluxo da enxurrada, disciplinando-a mediante infiltração no canal do terraço (terraços de absorção) ou condução para fora da lavoura (terraços de drenagem). O objetivo fundamental do terraceamento é reduzir riscos de erosão hídrica e proteger mananciais (rios, lagos, represas...).

A determinação do espaçamento entre terraços está intimamente vinculada ao tipo de solo, à declividade do terreno, ao regime pluvial, ao manejo de solo e de culturas e à modalidade de exploração agrícola.

Experiências têm demonstrado que o critério comprimento crítico do declive nem sempre é adequado para o estabelecimento do espaçamento entre terraços. Isso se justifica pelo fato de que a secção máxima do canal do terraço de base larga, técnica e economicamente viável, é de aproximadamente 1,5 m2, área que poderá mostrar-se insuficiente para o fim proposto quando o comprimento do declive for demasiadamente longo. Do exposto, infere-se que a falha de resíduos culturais na superfície do solo constitui apenas indicador prático para constatar presença de erosão hídrica e identificar necessidade de implementação de prática conservacionista complementar à cobertura do solo. Por sua vez, o dimensionamento da prática conservacionista a ser estabelecida demanda o emprego de método específico.

https://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/centeio/arvore/CONT000fz2zy82a02wx5ok0ejlyhdd2uc2bo.html

 

Como a vegetação protege o solo contra a erosão?

20/06/2011 01:37

Em solos cobertos pela vegetação a erosão é muito pequena e quase inexistente, pois ela segura a terra, a água escorre por entre as raízes e se infiltra na terra. Sem vegetação, a água vai levando a camada mais rica em sais minerais e nutrientes e com isto as novas sementes não germinam e o solo fica descoberto e apto a deslizar. 

Importante lembrar que a erosão é um processo natural sempre presente e importante para a formação dos relevos.